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terça-feira, 11 de setembro de 2012

O desenvolvimento do conceito de cultura




A primeira definição antropológica de cultura foi apontada pelos olhos de Edward Tylor que formou a teoria de endoculturação, que vinha crescendo desde o Iluminismo, tentou demonstrar seu conceito, afirmando que a cultura é um fenômeno natural que possui regularidades e causas e que seus estudos objetivos são capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o processo evolutivo e cultural. Edward buscava apoio nas ciências naturais e concordava com outros pensadores como Aristóteles e Leibniz e reafirmava a igualdade da natureza humana, dizendo ser possível um estudo preciso em comparação de raças da mesma civilização. A variedade de culturas é explicada por ele como sendo um resultado desigual do processo de evolução. Por este motivo a antropologia estabeleceu uma escala de civilização superiorizando às nações europeias e colocando no outro extremo da escala as tribos selvagens.

O século XIX foi um período de muitos estudos tentando analisar o desenvolvimento das instituições sociais, buscando explicações para procedimentos do passado para a atualidade, predominando a ideia de que a cultura desenvolve-se de maneira uniforme, de forma que as sociedades atuais passassem as mesmas etapas percorridas por sociedades consideradas mais avançadas. E desta maneira criou-se uma ‘’escala de civilização’’ de forma claramente etnocêntrica, na qual as sociedades humanas eram classificadas hierarquicamente, porém com prioridade para as nações europeias.
Stocking então critica Tylor por não incluir em seus estudos a questão do relativismo cultural que esta associada a evolução multilinear e conclui que nossa humanidade e seus traços culturais não podem ser interpretados senão em termos de sua diversidade.( http://www.ghente.org/ciencia/diversidade/index.htm). Mercier considera Tylor um dos pais do difusionismo cultural, ou seja o pai de uma das teorias que trata do desenvolvimento de culturas. Lowie acrescenta “o que distingue Tylor do difusionismo extremo é sua capacidade de avaliar as evidências’’ 

         A principal reação ao evolucionismo, conhecido como método comparativo, inicia-se com Franz Boas, atribuindo a antropologia duas tarefas: a reconstrução da história de povos ou regiões particulares e a comparação da vida social de diferentes povos, cujo desenvolvimento segue as mesmas leis. Além disso, Boas desenvolveu o conceito de que cada cultura segue os próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos por qual passou e isso nomeou-se Escola Cultura Americana.
        Alfredo Kroeber antropólogo americano, mostrou como a cultura age sobre o homem e que graças a ela distanciou-se do mundo animal anulando seus instintos geneticamente determinados. Apesar dos instintos serem quase todos perdidos, como na fase da amamentação, os seres humanos passam a ofuscar seus instintos e buscam se espelhar nos padrões culturais da sociedade. O homem passou a ser considerado um ser que está acima de suas limitações orgânicas, rompendo as barreiras das diferenças ambientais. Uma de suas preocupações de Kroeber era distinguir o orgânico do cultural.

Para se manter vivo o homem primata precisa do seu sistema biológico e suas funções vitais, independente do sistema cultural que pertença, embora as funções sejam comum em toda sociedade, a maneira de satisfazê-las mudam de uma cultura para outra .Todo ato do homem predominantemente cultural depende inteiramente de um processo de aprendizagem, portanto seus comportamentos não são biologicamente determinados. Kroeber procurou mostrar que o homem criou o seu próprio processo evolutivo superando o orgânico, ou seja, ampliando sua força e agilidade, sem passar por quase nenhuma modificação física e assim de certa forma libertando-se da natureza, a cultura é o meio de apropriação de diversos ambientes ecológicos.
Cultura é um processo acumulativo de gerações que determina o comportamento do homem, porém permitem mudanças. O homem reflete o conhecimento e a 
experiência adquirida pelos seus antecedentes, e isto restringe ou estimula o processo criativo de cada um deles. Não basta a natureza criar seres humanos sábios, é necessário que esteja ao alcance desses indivíduos o material que lhes permitam executar sua criatividade inovadora. A comunicação é um sistema cultural indispensável, pois se homem não obtivesse possibilidades de propagar sua comunicação oral, a cultura não poderia existir.
 Concluímos que , toda a experiência cultural de um individuo é transmitida para os demais, criando um interminável processo de acumulação cultural.

O link abaixo mostra um vídeo de aproximadamente 5 min., onde são expostos exemplos e conceitos básicos da cultura, de acordo com a visão da Antropologia.





Grupo:  
Agnes Moura
Carolina Souza
Karina Bueno
Leticia Gonçalves
Mairla Sousa
Sãmya Lemos


3 comentários:

Unknown disse...

Onde estão as citações?

Unknown disse...

parabéns...muito bom a apresentação

Mario Dionello disse...

Parabéns ao grupo!

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