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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A cultura condiciona a visão de mundo e homem


De acordo com antropóloga  americana Ruth Benedict, , autora do livro O Crisântemo e a Espada,  a cultura faz o homem enxergar o mundo por meio dela e ter diferentes percepções do modo de viver.

Exemplo citado é o caso de alguém sem conhecimentos aprofundados da vegetação na floresta amazônica, para o indivíduo seria um aglomerado de árvores, flores e plantas,
já para um estudioso de botânica ou um índio (habitante da região) a percepção seria diferente, algumas árvores seriam até ponto de encontro em meio a mata,
plantas até serviriam como medicação. Logo o meio que você vive forma sua maneira de agir.
Geralmente a discriminação ocorre quando o indivíduo age de forma diferente da cultura da região, faz algo que está fora do padrão estabelecido de seu povo.

Devido à cultura de cada povo (tribo) criamos o habito de julgar o que não é igual a nossa maneira de agir e pensar pode ser errado, mas não significa que todas as culturas seguem essa linha de pensamento. Por exemplo, Não faz muito tempo que os homossexuais corriam o risco de agressões físicas quando reconhecidos em vias públicas. Este é um fato de um comportamento padrão determinado por um sistema cultural. Mas está atitude são variáveis em outras culturas. Como por exemplo, entre algumas tribos das planícies norte-americanas, homossexual era visto como um ser dotado em propriedades mágicas, capaz de servir de mediador entre o mundo social e o sobrenatural, e portando respeitado.  Um exemplo empírico seria o caso do riso. A primeira vez que foi visto um índio Kaapor rir, foi um motivo de susto. A emissão sonora, profundamente alta, assemelhava-se a imaginários gritos de guerra e a expressão facial em nada se assemelhava com aquilo que estavam acostumados a ver. Fica ainda mais claro, que tal fato explica porque cada cultura tem um determinado padrão para este fim. Mesmo sendo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana que podem refletir diferenças de cultura.  
São inúmeros os exemplos a respeito desses diversos fatos culturais. Contudo fica evidente de que indivíduos de culturas diferentes podem ser facilmente identificados por uma série de características. Como modo de vestir ou agir. É um fato baseado em uma observação verdadeira. E este modo de ver o mundo não baseia-se em herança genética e sim determinação cultural .
O riso é provocado por diferentes motivos em cada cultura, o estilo de comédia americano, pastelão, não tem o mesmo feedback que uma comédia erótica italiana pois em nossa cultura a piada deve conter um certo teor sexual invés de trapalhadas, como torta na cara. Citando os japoneses outra vez, mesmo em situações visivelmente desagradáveis riem por etiqueta. Em suma o riso é condicionado pelos padrões culturais.
Referindo-se ainda a questões fisiológicas, como o riso podemos citar alguns exemplos existentes no artigo de Marcel Mauss "Noção de técnica corporal"2, que visa analisar as diferentes maneiras de homens de diferentes culturas utilizam seus corpos. O primeiro deles é a maneira de que uma criança se porta na mesa, a inglesa mantém as mãos no joelho quando não está comendo enquanto uma criança francesa não tem o mesmo controle, debruça os cotovelos sobre a mesa. Outro exemplo citado por Mauss é a técnica de nascimento, segundo ele Mãya deu a luz a Buda estando em pé, algumas mulheres na Índia ainda  dão a luz desta maneira. Em nossa cultura a posição comum para o parto é deitada sobre as cotas e entre os Tupis e outros índios o comum o parto de agachados.

Dentro de uma mesma cultura existem modos diferentes de agir. Essas culturas refletem o modo de vida, a história passada e o cotidiano das pessoas. A diferença pode ser percebida através de homens e mulheres, o comportamento, o modo de agir e se vestir. As mulheres possuem um ar delicado e demonstra fragilidade, enquanto o homem mostra-se forte e capaz de defender seus conceitos. Mas os costumes não são determinados pela genética passada de geração para geração, mas pela cultura.
A diversidade gastronômica também é baseada pela cultura. Um prato típico de um país pode ser considerado normal para quem já está acostumado, porém, visto com os olhos de outro grupo , assusta e se torna estranho, por não existir um conhecimento sobre os alimentos. Mas não é somente o fato do alimento ser diferente, mas também as formas e meios que cada povo utiliza para comer. Muitos utilizam as mãos para ingerir os alimentos, palitos e talheres. Cada sociedade possui uma forma de representar sua cultura através da alimentação, uma delas pode ser indicada pelo fato de possuir regras. Umas podem ser consideradas como etiqueta social, um respeito à  um superior na família ou simples fato de agradecer perante a Deus o alimento recebido.
Em cada região do mundo existe um padrão tradicional ou local de alimentação que oferece uma variedade necessária para a saúde e o crescimento. Cada grupo utilizada sua cultura para a boa alimentação do seu povo.  Essa alimentação alternativa que transforma cada cultura em uma exclusiva.
No livro New Perspectives in Cul-Tural Anthropology 3, Roger Keesing inicia com uma parábola de uma jovem búlgara que oferece um jantar a estudantes americanos de seus maridos, entre os convidados estava um jovem asiático. Ao terminar a jovem perguntar quem gostaria de repetir, pois na cultura búlgara você está arruinado se alguém sai de sua casa faminto, e o jovem asiático aceita repetir o segundo, terceiro, e quarto prato, porém na metade do quarto prato de comida o jovem se joga ao chão na certeza de que está é a melhor maneira de dizer que está satisfeito, pois em seu país é um insulto você recusar a comida que lhe é oferecida.
A partir desta parábola Kessing faz uma reflexão sobre o modo de vida de cada região, sobre a condição humana e a forma que cada grupo tem de se relacionar com sua própria linguagem, visão de mundo, costumes e expectativas.
Assim chegamos ao etnocentrismo, causado por cada grupo acreditar que o seu modo de vida é o correto e assim causando conflitos sociais. O etnocentrismo é um fenômeno universal, é natural que cada região defenda sua cultura como a correta. Vejamos alguns exemplos:
Os Cheyene, índios das planícies norte-americanas, se autodenominavam "os entes humanos"; os Akuáwa, grupo Tupi do Sul do Pará, consideram-se "os homens"; os esquimós também se denominam "os homens"; da mesma forma que os Navajo se intitulavam "o povo". Os australianos chamavam as roupas de "peles de fantasmas", pois não acreditavam que os ingleses fossem parte da humanidade; e os nossos Xavante acreditam que o seu território tribal está situado bem no centro do mundo.
Em alguns casos a crença desses grupos em se achar superior aos outros grupos ultrapassa limites, e se utilizam dessa certeza da superioridade para justificar seus atos de intolerância a quem não faz parte de seu grupo.
Temos a tendência de dividir o tratamento as outras pessoas em “nós e outros”, que são os parentes tratamos de forma diferenciada ou seja aqueles que pertence a nossa cultura e os não-parentes que tratamos com indiferença e as vezes até preconceitos.Com essa divisão acabamos criando as manifestações nacionalistas ou até mais as extremas como xenofobia (preconceitos, tratamento como doenças). Para o grupo tudo que é diferente da sua cultura causa estranheza, podendo ser considerado uma quebra da ordem social ou sobrenatural. Por exemplo: Em algumas tribos como Xãma Suruí eles utilizam de um ritual para purificar os visitantes. Defumam com seus grandes charutos os visitantes nas suas primeiras visitas para purificar e torná-lo inofensivos.
No texto estudamos a percepção de três autores, que nos passam uma ideologia parecida com exemplos do cotidiano. Que a cultura influencia em todas as ações da nossa vida, que cada grupo possui sua cultura  e que não é a genética que influencia no comportamento e sim a cultura.

“Comportamentos etnocêntricos resultam também em apreciações negativas dos padrões culturais de povos diferentes. Práticas de outros sistemas culturais são catalogadas como absurdas deprimentes e imorais”.

Grupo:

Letícia Oliveira
Marcelo Brito
Priscila Barão
Nina Martinez
Lih Gimenez
Letícia Souza

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