Duas etnias tão antigas, distintas, mas que
até hoje no século XXI ainda são presentes em muitas sociedades distribuídas
pelo mundo.
O que faz uma sociedade achar que é
superior a outra? Quais são os parâmetros usados para medir se uma cultura é
primitiva e outra evoluída? As respostas das questões apontadas acima podem ser
baseadas nas riquezas de uma sociedade, na tecnologia que se tem em mãos, na
construção civil, nos modos de agir, de se alimentar, de se vestir e até mesmo
na cor da pele e traços físicos.
Mesmo comparando todos estes requisitos não
podemos colocar na balança e ver qual se sobressai. Apontando isso podemos
começar a explicar a diferença entre o etnocentrismo e o relativismo cultural.
O Etnocentrismo é a bagagem cultural de uma
sociedade, ela determina que o modo de vida adotado por eles seja o correto, e
todas as outras culturas opostas incorretas.
O Etnocentrismo também esta muito ligado à
superioridade e a dominação, considerando a classe dos dominados como
sub-humanos, e os enxergam como uma ameaça a sua maneira de ser, e a maneira
que encontraram para defender-se foi eliminar quem os ameaçava, de forma
violenta e sangrenta. A outra forma de demonstrar seu poder sem eliminar, é
oprimindo e explorando, dando o status de inferioridade e descriminação.
Para Marx as ideologias do etnocentrismo
buscavam argumentos para se justificar em diferentes momentos da história, já
que consciência cultural evoluía de acordo com o movimento presente.
No época dos descobrimentos, a mente cristã
e imperial ditava regras para a sociedade. Grupos se rebelaram contra esse
“sistema” e uma série de massacres foram ocasionados. Foram chamados pagãos,
aqueles que não se enquadraram nessa sociedade alimentada pela criação de um
grupo de missionários e conquistadores que vendiam a ideia de que eles deviam
ser libertos de Satanás.
Na época das Luzes, o racionalismo
triunfante e o deslumbramento anularam o critério de seleção, agora não importa
mais seu posicionamento, seja incréu ou gentio, o que vale é a atualização em
relação à civilização ocidental, autoproclamada a “suprema realização do
espírito humano”. A motivação
colonialista era o progresso, em nome disso a burguesia europeia praticava
opressão política, econômica e cultural. Com espaço para massacres e rebeliões
históricas.
A Supremacia Espiritual do Ocidente
sublinhava o racismo, embora formulado com pretensões científicas, ainda era a
simples ideologia branca, só para mostrar a hegemonia europeia (eurocentrismo).
Que dominou a mente patriota de grandes filósofos e teólogos destacados até
hoje com argumentos que mostram sua opinião quanto à superioridade européia.
No Evolucionismo Cultural, os europeus e
os americanos acreditavam ter culturas mais ricas em relação às outras, então
eles tinham a pretensão de converter a cultura de povos inferiores, para a
cultura que eles acreditavam ser perfeita. Então era feito um trabalho mais
cauteloso em cima das crianças e adolescentes, com a intenção de quando
chegarem em fase adulta a cultura inserida não ser questionada.
Falaremos
agora um pouco sobre o Relativismo Cultural que esta ligado à ciência, ao
descobrimento, a pesquisas, e seus ideais tem como base compreender os
conceitos, diferenças, crenças e cultura de uma sociedade.
O
Relativismo Cultural não julga uma cultura, afirmando que uma seja superior a
outra como no etnocentrismo, é feito uma análise, onde se produz novos
conhecimentos para entender o porquê determinada região age de forma distinta
de outra.
Acredita-se que cada cultura é relativa ao
lugar que esta inserida, só faz sentido para a sociedade que faz parte daquilo.
Não se pode apontar o certo e o errado,
o bonito e o feio, porque os parâmetros usados para o julgamento são as bases
culturais que cada indivíduo carrega dentro de si, o que pode ser normal em
nossa cultura, já para outra pode ser completamente inaceitável e vice-versa.
Devido estes fatores o relativismo cultural
afirma que todas as culturas são válidas, que todas têm suas diferenças e que
variam de acordo com o contexto a que se esta inserida.
Tudo
que é construído pelo homem tem sua influência cultural, desde a fabricação de
móveis, casas, vestimentas, arte e até mesmo suas refeições, a única coisa que
não tem influência cultural é a natureza.
Então
entendemos que no Relativismo Cultural se tem o respeito pelas diferenças, não
cabendo a ninguém a julgar e sim compreender o modo de vida de cada
civilização, sem descriminar ou ser superior.
Portanto
entendemos sem sombra de dúvidas que existem culturas mais evoluídas que
outras, mas isso não define que uma seja melhor e outra pior. Não é porque um determinado lugar possui hospitais,
automóveis, fábricas, tecnologias entre outros que ela pode ser considerada
superior a sociedades menos desenvolvidas.
É preciso colocar em evidência a qualidade
de vida, porque pessoas que vivem em função do tempo, poder, trabalho,
dinheiro, não usufruem de momentos prazerosos ao lado da família, amigos,
natureza e sem falar em fazer atividades consideradas simples como dançar,
conversar, rir, viajar, enfim aproveitar as coisas boas que a vida nos
proporciona que às vezes passam despercebidas em nosso dia-a-dia.
O que realmente é importante em nossa
existência são os laços que construímos ao longo de nossas vidas. Não podemos
ficar nos prendendo a questões que não nos agrega absolutamente nada como
preconceito, racismo ou diferenças sociais e culturais, vamos dar valor e nos
preocupar com que realmente importa,
como o desmatamento desenfreado da natureza, com as pessoas que passam fome e
sede, pessoas que estão sofrendo com doenças e por ai vai. Somente resolvendo
questões como estas que conseguiremos viver em comunhão e conseqüentemente em
igualdade e mais felizes.
Grupo:
Laiza Piassali
Leandro Lopes
Letícia Silva
Luiz Felipe Martins